sexta-feira, 17 de abril de 2009

Uma Rendição

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[ A ponta dos seus dedos pela minha pele,/ As palmeiras balançando ao vento,/ Imagens./ Você me cantava músicas de ninar espanholas,/ A mais doce tristeza em seus olhos,/ Truque inteligente./ Eu nunca quero te ver infeliz,/ Eu pensava que você quisesse o mesmo pra mim./ Adeus, meu quase amante,/ Adeus, meu sonho sem esperança./ Estou tentando não pensar em você./ Você não pode apenas me deixar?/ Adeus, meu romance sem sorte,/ Virei minhas costas pra você./ Eu devia ter sabido que você me traria dor,/ Quase amantes sempre trazem. ] * [ A Fine Frenzy ]


Eu estou partindo neste momento,
O meio-dia é morto.
Eu estou mudando o meu modo de enfrentar a vida.
Por você, amor.
Eu estou deixando de justificar os meus erros,
Estou aceitando as suas justas reprimendas por meu comportamento injusto
E estou abandonando a minha ira descabida.
Estou soltando das mãos de um ciúme intolerante
E resignando-me a pensar antes de dizer palavra
Ao invés de sentir antes de proferir palavra.
Estou reformulando-me. Por você.
Porque você não é o meu quase amante.
Você é o meu coração e o meu sorriso.
Eu poderia distarciar-lhe se assim não fizesse
Quando, realmente, tudo o que eu mais quero é segurar-lhe firmemente em meus braços.
Eu aceito o seu amor e baixo as minhas reservas.
Eu pisoteio a minha efêmera e brutal humanidade,
A violência impressa em minha raiva e em minha angústia.
Deixo de vitimizar-me e de espezinhar-lhe.
Eu me desculpo, amor, porque você é o romance que a vida me mandou.
Um por eternidade. Você, o meu romance de eternidade.
Dou adeus a um eu incoerente para não dizer adeus a você,
Por muito lhe amar,
Por você ser apenas e simplesmente o meu coração,
Sem o qual, piegas que sou, jamais poderia voltar a viver.

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Por Raphaël Crone.