sábado, 7 de fevereiro de 2009

Au Maître Munch.

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[ Passeava com dois amigos ao pôr-do-sol –/ o céu ficou de súbito vermelho -sangue –/ eu parei, exausto, e inclinei-me sobre a mureta –/ havia sangue e línguas de fogo sobre o azul escuro do fjord e sobre a cidade –/
os meus amigos continuaram,/ mas eu fiquei ali a tremer de ansiedade –/ e senti o grito infinito da Natureza. ] * [ Edvard Munch ]
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Existencialidades tétricas. / A erupção que acontece quando menos se espera, / A expressão mais angustiante do que é ser humano. / O caos interior, o domínio dos titãs. / O mergulho nos mundos de Mnemosine e a sega da foice de Hades. / A viagem além-Estige. / Um momento de desespero, um norueguês cosmopolita, / Um momento onde toda a humanidade para em virtude de uma semelhança universal: / A insuficiente segurança que é tentar se ocultar em meio à insegura escuridão da vida.

[ FOTO: ] * O Grito, de Edvard Munch (1893).

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Por Raphaël Crone.

6 comentários:

Anônimo disse...

A voz, O beijo, Vampiro, Madonna, Ciúme, e por fim, O grito, todos Amor.

Raphaël disse...

Uma descrição perfeita, André, que me arrepiou, me levou ao êxtase .

Anônimo disse...

Nada mais, nada menos que a primeira série onde O Grito foi exposto. Todos são quadros dele, da série Amor.

Mas isso, vc com certeza já sabia!

=]

Raphaël disse...

Sim, sim . Mas esta cronologia calhou mto bem às minhas concepções, ainda que inadvertidamente . Concepções de letras e cores, minhas e dele . Surpresamente impressionado ou impressionantemente surpreso ? Uma revelação que me chamou a atenção e que mto me satisfez .

Anônimo disse...

Fico com os dois!

Sabes brincar com as palavras!

Então, que bom!

=]

Raphaël disse...

^^