quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Paradoxos, Parte 21

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[ E eu estou tão triste/ Como um bom livro/ Eu não posso deixar este dia para trás,/ Uma espécie de conto de fadas/ Com você... ] * [ Tori Amos ]



Um dia na eternidade, onde os segundos se movem esquivos,
Como milênios inequívocos de regozijo:
É assim que eu me sinto quando estou contigo.
E, ao mesmo tempo, experimento eras fulgazes, efêmeras,
Marcadas por horas que passam depressa, como que correndo do tempo,
Regadas a tempestades de melancolia e expectativa.

Quando estou contigo, me movo rápido e ao mesmo tempo lentamente,
Espalho, me espalho entre os sons da sua risada que dobram como sinos solenes
E entre a lisura da sua pele e o teu aroma que me transporta.
Transfiguro-me em relógio e me acompanho, te acompanho,
Vendo o tempo que passa, e que se expande e se contrai à tua presença;
Uma presença que me arrebata e ainda assim, me mantém preso ao chão.
Serenatas. Voluptuosidades. Paradoxos sentimentais.


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Por Raphaël Crone

Um comentário:

André disse...

Ler Rafael Cröne, me acalma.