sábado, 27 de dezembro de 2008

Namorinho de Portão.

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Ele olhou o meu rosto absorto,
Enquanto passava pelo portão da minha casa.
Eu apenas fumava compassadamente um cigarro escuro
E contemplava compassadamente a escuridão da rua.
Um encontro de olhares compassados. O descompasso interior.
Uma memória a ser perseguida. Uma hipótese.
Eu entro para dentro de casa e bato a porta por detrás.
Ele se vai.
Uma hipótese, eu disse. Não um fato.
Hipoteticamente não-realizável.

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Por Raphaël Crone.

2 comentários:

Anônimo disse...

Memórias andam o visitando?
Tão vivas, que se tornam alma, que se tornam corpo.

Raphaël disse...

That's it . Me pegou, André .