sábado, 30 de março de 2013

O Moço Loiro



Entre os fios dourados, meu Sol escorre como lava:
Quente, intocável, consumindo o que encontra e o que respira.
A juventude se mantém célere em sua parábola:  anos se vão e o auge logo se torna ocaso,
Duas pontas que se completam com um arco, ápice e base.
O que se esconde por baixo dos fios de ouro, meu rapaz?
Que turbilhão de existencialidades se oculta por sobre a quietude exterior?
Que segredo o olhar revela e a mão guarda?
Enigmas que a forma exterior não desvenda, uma canção tocada em surdina:
Breves, mínimas e fusas, profusão de significados ocultos por sob a cabeleira loira do rapaz.
O que não se vê é mais do que aquilo que tão maciçamente se mostra sendo.

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Por Raphaël Crone

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