domingo, 21 de abril de 2013

O Fio das Horas



Vivo naquele par de horas,
Onde eu me deito na cama
E minh'alma se deita dentro de mim e se aninha.

Onde divago sobre sentimentalidades e existencialidades,

Onde caio e me levanto, planando, sem peso;
Onde o poeta fala e o homem, respeitoso, apenas escuta.

Vivo naquele momento tênue,

Entre o êxtase e a melancolia,
Teimando em noticiar o que ninguém mais percebe.

Vivo naquele instante finito do qual são feitas as estrelas:

Embora sendo efêmero, deixa rastros de luz cá dentro,
Luz que, com o toque dos meus lábios, faço tua alma se iluminar...
___
Por Raphaël Crone


Nenhum comentário: