domingo, 15 de março de 2009

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[ Quem medirá o chapéu e a violência do coração dos poetas quando capturados e aprisionados no corpo de uma mulher? ] * [ Virginia Woolf ]

[ A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio. Falava que os vazios são maiores e até infinitos. ] * [ Manoel de Barros ]

[ Me desculpe, mas eu tenho que explodir. Explodir este meu corpo. Me levantarei amanhã, completamente novo. Um pouco cansado, mas completamente novo ] * [ Björk ]

[ Sou mais a palavra ao ponto de entulho. Amo arrastar algumas no caco de vidro, envergá-las pro chão, corrompê-las, - até que padeçam de mim e me sujem de branco. ] * [ Manoel de Barros ]


Escrevo pela mesma necessidade que outros tiveram antes de mim.
Pela necessidade de exteriorizar as minhas entranhas.
Visceral movimento auto-construtivo. Ou vice-versa.
Demolindo paredes e construindo paredes.
Escrevo pela necessidade inerente de falar de tudo ou nada.
De qualquer coisa ou algo em especial.
Escrevo por que isto me faz mais gente. Ainda que não o faça aos outros.
Escrevo em busca de redenção, que encontro.
Parole, mot.
As letras me trazem mais felicidade. Vai entender a vida...

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Por Raphaël Crone.

3 comentários:

Anônimo disse...

Sem escrever ficamos de certa forma no silêncio, ou de nossas palavras ou de outros.
Antes eu observava o silêncio com esperança, agora o vazio no espaço é tão retumbante que ensurdece meus ouvidos, não ouço e também não sinto. As ondas não chegam mais a mim, e vou minguando, recolhendo-me, buscando a inanição. Vejo o silêncio crescendo e temo por ele ocupar minha vida, muito mais do que já ocupa.

Raphaël disse...

Um comentário tão digno de nota quanto o texto em si . Publicá-lo-ia se fosse meu .

Anônimo disse...

Escrevi sem muito pensar, razão X emoção.

P.S.: Permito-lhe.