segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fio das Horas.


[ É preciso encarar a vida de frente,/ Sempre encarar a vida de frente e vê-la como ela é./ Por fim, entendê-la e amá-la como ela é./ E depois deixá-la seguir.../ Sempre haverão os anos entre nós,/ Sempre os anos, sempre o amor,/ Sempre a razão, sempre o tempo,/ Sempre as horas. ] * [ Virginia Woolf ]



Olho para o relógio assim como um idoso o faz.
Minutos para a meia-noite. Para o ocaso.
Sou jovem e belo e não sei se chegarei a ser velho.
Não é importante para mim.
O amargo arrastar das horas
Me faz entender que sozinho aqui
Nada pode ser feliz
E nenhuma consolação pode existir para mim.
Quem sabe, um riacho em Sussex.

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Por Raphaël Crone.

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